segunda-feira, 4 de junho de 2018

Manual Revolucionário: Calmaria em Águas Revoltas


Esse é o terceiro texto que fazemos aqui no Ágora em nosso acompanhamento da paralisação, leia os artigos anteriores:

Greve dos Caminhoneiros e Estado Abusivo
O Que Levou a Crise dos Combustíveis?


Os acontecimentos recentes neste país estão sendo tumultuosos e não há sinais de fim das manifestações, ainda há alguns protestos e reflexos por todo Brasil. 

A paralisação dos caminhoneiros contou com grande apoio popular, muitos foram à rua manifestar seu descontentamento com o governo. 

Praticamente choveu, como nunca antes, manifestações políticas nas redes sociais e correntes de whatsapp. 

Uma coisa é certa, o povo está cansado de corrupção e o descaso que os governantes possuem com a população. Saúde, Educação, Segurança, tudo é precário. Mas a dúvida que fica é: O QUE FAZER PARA MUDAR ESSA SITUAÇÃO?

Como povo, chegamos em um nível que criamos consciência política suficiente para entender que o poder pertence ao povo e que governantes são meros representantes, devendo satisfação ao atender o interesse público. 

Vamos juntos fazer uma análise deste processo político de revolução e analisar as melhores ações para o futuro do Brasil e do brasileiro? 



1. SOMENTE PROTESTAR NÃO BASTA


Em tempos delicados como este é sim muito importante ficar revoltado com os absurdos do governo, e então, manifestar esta indignação indo à rua e etc. 

Mas é fundamental ter a consciência que a política é complexa, há diversos fatores em jogo e regras de lógica que devem ser levados em consideração, como por exemplo, existem diversas forças políticas, na maioria das vezes ocultas. 

Explico. 

Existem pessoas ou grupos interessados que o Brasil fique como está, ou ainda tome rumos que não beneficiem a maioria. Deste modo, ao ir para rua ou fazer qualquer manifestação política é sempre bom verificar, por si próprio, se não está manipulado. 

Assim, o povo é influenciado a fazer exigências que não são de fato o melhor para o Brasil. Mas, que favorecem uma determinada classe. E ao fazer isso a classe elitista dá um ar popular para a sua ação política. 

Claro que isto tudo é feito de maneira muito subliminar e obscura.

Quer um exemplo de como o povo é enganado?

O maior herói nacional, Tiradentes, sua história foi toda recontada com o objetivo de ludibriar a população, sendo retrato como pobre e humilde, inclusive é visto nas pinturas com uma estética parecida com Jesus cristo. 

Tiradentes ou seria Jesus?

O Tiradentes de verdade é muito diferente do que é ensinado nas escolas, e "seu" movimento não tinha nada de favorável ao povo, mas sim, a favor da oligarquia mineira, Tiradentes sequer liderou o movimento, até porque ele era um simples alferes (o equivalente à tenente). 

Leia mais aqui e aqui

Portanto, procure por "Tiradentes", atente-se para pessoas que apenas querem tirar proveito da atenção que recebem quando falam em nome do povo ou fazem vídeos chamando todos para a rua. 

Lembre-se de seus nomes, provavelmente vão lançar candidatura no futuro. 

2. SAIBA O QUE REIVINDICAR




O maior fiscal do governo é o cidadão, mas para exercer corretamente a função da cidadania é necessário estar atento e bem informado.

E isto significa buscar informações em fontes confiáveis e variadas, principalmente em tempos de fakes news.

Participar em movimentos sociais é somente uma parte da cidadania, um cidadão consciente é aquele que, por conta própria checa a procedência e coerência das reivindicações feitas ao governo. Em outras palavras, é necessário saber se a tal medida exigida de fato irá trazer benefícios reais, e se há desvantagens.

Soluções mágicas não existem. Todos queremos um Brasil com menos impostos e menos burocrático, e uma gasolina mais barata, mas toda ação tem sua consequência.

Uma reforma tributária, por exemplo, exige um boa preparação prévia e uma ampla discussão com os vários setores da comunidade, principalmente porque menos impostos afetam o orçamento público, de modo que uma reforma tributária deve inevitavelmente vir acompanhada de uma reforma administrativa, para que o Estado, diminuindo seu tamanho fique mais eficiente e menos burocrático.

Resumindo, fazer mais com menos. E nem vou falar de responsabilidade fiscal, que é outro ponto bem importante.


Ainda é fundamental ter a consciência que benefícios que favoreçam apenas uma categoria não são tão benéficos, inclusive para os próprios favorecidos.


Isto porque políticas assistencialistas, como os subsídios, acabam encarecendo a máquina pública, o que tem resulta em mais tributação, e essa conta quem paga é a população, e a categoria favorecida paga tributo como todo mundo, além de que a linha de produção e consumo fica mais cara.

Para finalizar, é irreal mudar o Brasil do dia para a noite, o mais importante é continuar expandindo a consciência política do povo para que cada vez mais participe ativamente da política, não só exigindo mudanças, mas sendo o próprio agente provocador de mudanças.

Em minha opinião pessoal, é necessário mais liberdade econômica, menos barreiras para o empreendedor.

E principalmente uma maior abertura para o livre mercado, onde os preços não sejam excessivamente tabelados e que o empresário tenha que competir, de forma totalmente desvantajosa, contra o próprio Estado, onde este possuí o monopólio de setores altamente lucrativos, como é o setor dos combustíveis.



E você o acha sobre o assunto? Quais as reformas considera necessárias? Quais são suas propostas para um Brasil melhor?

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Sugestão de leitura:

Vamos privatizar os correios?

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Até o próximo artigo. 


3 comentários:

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