E novamente os correios tornaram-se uma polêmica, você viu? Não?
Leia a notícia aqui: Correios vão cobrar taxa extra para entregas no rio devido à violência
Chega a ser cômico como cada vez mais a vida torna-se inversamente proporcional: o quanto mais caí a qualidade de vida, esta fica ainda mais cara.
Os Correios aproximam-se do ápice da ineficiência, mas, como veremos neste texto, existe muita coisa por trás disto, e, talvez, não se possa falar, de fato, de ineficiência. Continue lendo e você vai entender.
Leia a série completa:
Notou o elevado grau de hipocrisia deste ato dos correios?
Realmente não bastava os inúmeros casos de descasos,
Os correios fazem parte do Estado, é uma empresa pública federal, pertence à Administração Pública Indireta, mas mesmo assim é o Estado, que é indivisível. Daí o governo falha no combate à violência e vem repassar os custos e consequências ao cidadão? É quase o conceito puro de H-I-P-O-C-R-I-S-I-A.
No Direito Empresarial fala-se que o risco do negócio pertence ao empresário, de modo que não é possível que este repasse prejuízos ao consumidor e nem ao empregado, uma empresa pública não foge desta regra.
E sequer falamos ainda na total ineficiência do meio, adicionar R$ 3,00 à entrega não é sinal de garantia de segurança ao cumprimento da entrega e ao carteiro, porque certamente não acompanha um policial ou segurança à bicicleta do carteiro.
Então, se a taxa extra não irá garantir a entrega, para que serve? Bem, vejamos.
Perceba que esta ineficiência é de certa forma eficiente, pois até certo ponto o objetivo do Estado, não do Estado conceitual aquele que os filósofos pensaram mas do Estado que de fato existe, é garantir que a população tenha necessidade de sua existência.
E faz isso por meio do medo, cria um falso contexto demonstrando que o único capaz de fornecer os serviços públicos, e suas principais ferramentas são o monopólio estatal, a burocracia e o excesso de tributos que afogam o empresária.
Não que o Estado deva ser abolido, mas devemos começar a pensar em delegar certas funções do Estado para a iniciativa privada, que pela noção de lucro age de forma diversa do ente público.
Não somente oportunizar a iniciativa privada, mas abrir a possibilidade da livre concorrência, desta forma as empresas que substituíram o correio prestariam naturalmente um serviço de qualidade.
Justificam o monopólio dos correios por este ser de ordem natural, isto significa que o Estado toma o serviço para si pelo desinteresse do mercado em atuar pela presença de altos custos, tudo bem mas neste caso o que é ação e consequência?
Os altos custos não são causados justamente pela alta carga tributária? Uma política que não só na área de comunicações vem afogando todo cenário empreendedor. Quando a empresa pública correios foi formada lá em 1969 (mas o papai Correi-Mor, o correio do Brasil-Colônia) remonta a 1663 e estatizado em 1797) até pode ser que nenhum empresário mostrou interesse, mas os tempos mudam, não?
Um exemplo muito parecido foi a abertura do mercado às telecomunicações em 1995, oportunidade qual os empresários puderam usufruir as linhas telefônicas. E isso se deu por um motivo muito simples, o Estado viu-se despreparado para atender a demanda deste setor, diante do número de usuários crescente, e recorreu ao particular.
Com certeza é um assunto delicado, há muitos movimentos por debaixo dos panos, mas e você qual é a sua opinião? A favor ou contra da privatização? Gostou da proposta de ao invés de privatizar abrir o mercado?
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