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quarta-feira, 27 de março de 2019

Pena de morte: Cesare Beccaria e o problema da Justiça no Brasil



Uma pesquisa feita pelo Datafolha, em 2014, mostrou que 43% dos brasileiros são a favor da pena de morte. Contudo um assunto de muito debate, talvez um dos temas em que se encontre opiniões e olhares mais distintos possíveis, apesar de muitos serem postos de forma emocional. Desta maneira, o Iluminista Cesare Beccaria, relata que a pena de morte, não é eficaz podendo gerar injustiças e não surtir o efeito de medo ao infrator, chegando até a ser um escapismo.
Na visão de Beccaria, a Justiça deve ser exercida friamente e racionalmente para que injustiças não se proliferem. Afinal quem nunca se enganou sobre algo ou alguém por analisar de maneira emocional tal situação.













Então vamos lá!
Segundo a Constituição Federal de 1988:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida[...].
Então todos temos o direito de viver assegurado pela Constituição, mas isso não nega que a pena de morte seja proibida em casos de guerra declarada, assim previsto no Código Penal Militar.
Em virtude das taxas de homicídio, a forte insegurança pública, uma justiça debilitada. Logo grupos de pesquisa, políticos, estudantes, jornalistas e etc. debatem sobre a possibilidade da implementação e sua eficácia na redução da violência. 
Em consequência a isso uma pesquisa feita pelos economistas da Universidade de Houston, Dale Cloninger e Roberto Marchesini, mostrou que cada execução realizada no estado do Texas evitou entre 11 e 18 homicídios durante o período analisado. Por resultado do estudo e outras analises, há argumentos de que existe uma certa prevenção ao direito de pessoas serem poupadas da morte com a execução de criminosos.
Foi dito "não matarás" e então, se alguém matou, por que se tem de mata-lo também? Matar quem matou é um castigo incomparavelmente maior do que o próprio crime. 
"O assassinato legal é incomparavelmente mais horrendo do que o assassinato criminoso"- Dostoievski.
No entanto, para Cesare Beccaria que viveu num período onde a pena de morte e o suplício eram mais comuns que hoje, concluiu em sua obra, Dos Delitos e Das Penas (1764), que a pena era ineficaz devido a imperfeição da justiça, do escapismo que o criminoso pode encontrar e de uma possível transformação de um espetáculo como o suplício. Contudo para ele, sua utilização deveria ser feita em caso de ameaça a estabilidade de um país.
A solução para Beccaria seria:
"a vantagem da pena da escravidão para a sociedade é que amedronta mais aquele que a testemunha do que a quem sofre, porque o primeiro considera a soma de todos os momentos infelizes, ao passo que o segundo que evita suas penas futuras, pelo sentimento de sua infelicidade presente".
A imaginação aumenta todos os males. Aquele que sofre se encontra em sua alma endurecida pelo hábito da desgraça, consolações e recursos que as testemunhas dos seus males não conhecem, porque julgam segundo a sua sensibilidade do momento. ’’
A pena de trabalho forçado seria bastante útil a sociedade:
  1. Evitaria injustiças (retroativas) feitas pelo estado.
  2. Poderia indenizar os prejudicados.
  3. Manteríamos o direito à vida de criminosos por mais injusto que possa parecer para algumas pessoas em determinadas situações, não se deve matar mais fazer sofrer pelo crime.
  4. Poderia reduzir as reincidências.
  5. Não tornaria esses detentos inúteis a sociedade, afinal contribuiriam com seus gastos.
Particularmente, creio que leis e medidas como feminicídio, contra morte de jovens negros, criminalização da homofobia, combate a corrupção, desarmamento, desencarceramento, tratamento de criminosos com especialistas psiquiátricos como se todos fossem doentes e não seres humanos em que praticaram delitos em sã consciência. Algumas são inúteis (só tem finalidade ideológica) e outros poucos eficazes, todo o problema está no Justiça que é ineficiente demais. 
Nós brasileiros precisamos de reformas nas leis penais claras e objetivas, para Beccaria o conhecimento das leis pelos cidadãos, facilita que crimes sejam evitados; fortalecimentos da inteligência policial-jurídica e equipamentos de primeira linha; profissionais comprometidos que estão em seu posto por méritos conquistados em provas, não precisamos de um STF e outros órgãos como os de hoje que envergonham a população; autonomia de órgãos de justiça, como a Policia Federal; precisamos sim de mais prisões, mas precisamos de boas prisões eficientes e com espaço para todos, onde o presidiário seja punido e ressocializado, uma síntese entre pagamento pelos crimes e a formação de um cidadão: Trabalhe bastante, faça cursos, leia livros, cumpra a pena em sua totalidade.
Para Beccaria, toda pena deve ter uma dupla utilidade: nos proteger do criminoso e faze-lo compreender a punição e prevenindo novos crimes.
Portanto, a corrupção e a onda de violência são culpa da ineficaz da justiça do país. Então não adianta acreditar em medidas provindas de estudos de instituições financiadas por grandes investidores que tem planos particulares com caos das sociedades. Precisamos de uma transformação profunda no judiciário, e no caso particular analisado aqui, precisamos de cumprimento da penas e estrutura físicas que funcionem tendo a dupla utilidade.




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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Encontrar o Sentido da Vida na Morte?




" Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida "
 - Raul Seixas

 O texto hoje começa bem, com nada menos do que um texto de Raulzito, sempre com uma alta carga de poesia e subjetividade. Filosoficamente eu gosto muito da morte, ela é misteriosa e mística.

Qual é o sentida da vida? Essa é uma pergunta que persiste a não ser respondida e que fez surgir mais dúvidas que certezas.

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terça-feira, 4 de julho de 2017

# 4 Comentando Notícias: O Direito de Morrer



Como o próprio nome revela, esta série tem como objetivo expor minha opinião sobre notícias, e também é claro saber a opinião de quem lê, a sua contribuição é muito importante.

Veja a série completa:


A notícia de hoje é um pouco polêmica, mas acredito que assuntos polêmicos são aqueles que mais necessitam ser debatidos, pois só são polêmicos porquê foram pouco abordados.

Leia a notícia: Corte Europeia de Direitos Humanos Autoriza Desligamento de Aparelhos que Mantêm Bebê Vivo 

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Ok! Vamos a opinião!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Chá com Filosofia #5

 Ola, bem vindos ao Ágora do Pensamento, esta é a quinta edição da série Chá com Filosofia, onde temos uma conversa simples e leve sobre vários assuntos intrigantes no sistema de perguntas e resposta, mas não deixa de ser interessante e filosófica.

 Hoje, a conversa é um pouco diferente, eu vou tecer alguns comentários sobre uma frase que eu ouvi em uma fila ontem, a frase no contexto que foi dita, me criou uma repulsa que decidi compartilhar com vocês, e já vão entender o por quê.

 No final, quero que cada uma acrescente a sua opinião, assim, a discussão fica muito mais rico e divertido. 


Para quem não leu as sessões anteriores aqui estão os links:

Vamos lá!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Frase Autoral




"Devemos esquecer os males do passado, aprender com os erros sem temer os desafios do futuro para poder viver o presente"

- João Probst

sábado, 6 de junho de 2015

Origem da Vida




















 Hoje trago comentários sobre o surgimento da vida, o que sempre foi objeto da curiosidade humana, assim ao decorrer do tempo diversas teorias foram criadas.

  Toda religião possui sua explicação sobre a origem do universo, para a mitologia grega foi Gaia, a mãe-Terra, que deu origem à tudo que conhecemos. Para os hindus foi Brahma o criador do universo.

 A filosofia também tratou o assunto trazendo diversas explicações. Filósofos gregos, denominados "filósofos da natureza", também chamados de pré-socráticos, se destinavam a descobrir como a vida surgiu, assim sugeriram a existência de um elemento no qual tudo no mundo teve início.

  Assim diversas teses surgiram sobre qual elemento seria este. Fogo, ar, o infinito entre outras.