segunda-feira, 28 de maio de 2018

O Que Levou a Crise dos Combustíveis?

Texto de autoria de João Probst 
Editor do Ágora do Pensamento  

Ola, tudo bem? Bem vindo à mais um texto aqui do Ágora do Pensamento. 

O texto de hoje tem como assunto um dos temas mais relevantes tendo em vista a "greve" dos caminhoneiros. 

Já falamos sobre o assunto: Greve dos Caminhoneiros e Estado Abusivo. 

Primeiramente, antes de tudo é importante esclarecer o porquê do termo greve estar entre parênteses.

Os manifestos em todo o Brasil foram denominados, principalmente pela mídia, como greve, mas não é exatamente o termo mais correto para descrever o que está acontecendo.

Porque greve possuí uma carga negativa, é sempre associada a algo ruim ou incomodo, a palavras que descrevem melhor este movimento, entre elas gosto de "revolução". 

E é sim uma verdadeira revolução, é um povo gritando - basta! É uma manifestação de vontade de retomar o poder, inicialmente a partir da voz dos caminhoneiros, mas agora de toda a nação.


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Mas você já pensou sobre o que levou a crise dos combustíveis?


É importante refletir sobre isso com o objetivo de nós, como povo, não cometermos erros do passado. 

A crise como um todo, um reflexo da realidade econômica trazida pelos últimos governos, e pelo atual, como por exemplo o congelamento artificial dos preços dos combustíveis. 

Mas, não é sobre isso que vou falar, se você quiser saber mais sobre o assunto aqui.

Acontece que a crise dos combustíveis era uma tragédia anunciada apenas aguardando o momento que a situação ficasse insustentável e o povo totalmente insatisfeito. E este momento chegou. 



TRAGÉDIA ANUNCIADA


O Brasil veem com esta "maldição" desde muito tempo, não seria exagero dizer que esta "profecia" remonta desde o período da descoberta.

No setor de transportes, o país, não é de hoje, que ficou refém de praticamente apenas um meio de transporte, o caminhão. O que certamente teve suas consequências além dos buracos nas rodovias.

60 % do sistema de transporte é realizado por caminhões. Leia mais aqui

ABANDONO DA MALHA FERROVIÁRIA



Por exemplo, a malha ferroviária produtiva é a mesma desde a época do império, isto quer dizer que pouco foi investido no sentido de ampliar a extensão, desenvolvimento de tecnologia, qualidade etc.

Claro que alguma evolução teve, mas se comparado com o EUA, é praticamente inexistente, tendo em vista que a malha americana é 10 vezes superior à nacional. 

Durante o Império, principalmente por meio da iniciativa do Barão do Mauá, as ferrovias tiveram um papel importante no processo de modernização brasileiro, para escoar a produção de café, porém atualmente a malha ferroviária sofre com o abandono e descaso, literalmente apodrecendo com o tempo.


Juscelino Kubitsch, presidente responsável pela instalação de construtoras de automóveis no país e por uma expansão do sistema rodoviário, uma vez disse: "Ferrovia virou símbolo do passado"

Pois é, o presente encarrega-se de mostrar a verdade, a atual crise denota a necessidade de diversidade de modalidades de transporte de carga, o que geraria maior fluidez e geração de inúmeros empregos. 

Na década de 80-90 por exemplo investiu-se muito em rodovias, o que claro tem seu lado positivo, no entanto, uma política que priorizasse a variedade de opções de modalidades de transporte representaria um sistema econômico mais estável. 

E aqui percebe-se os perigos da política populista, como por exemplo, o incentivo do governo Dilma que trouxe facilidades na compra de caminhões resultou hoje no excesso de caminhoneiros, de modo que é superior à demanda. 


EXCLUSIVIDADE DE COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO 


Uma solução para a crise dos combustíveis seria se não precisássemos de gasolina e óleo diesel para nos locomovermos. 

Sim, carros, e até caminhões, elétricos já são uma tecnologia real, mas o momento em que carros elétricos sejam acessíveis ao cidadão comum parece estar cada vez mais distante. 

Não, não é piada. A empresa Tesla já apresentou um caminhão elétrico, leia aqui a notícia.


Piada é a humanidade ser obrigada a usar uma fonte de combustível tão nociva, e ineficaz, cara, prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Quando poderia ter acesso à uma tecnologia de recursos renováveis. 

Sim, há desenvolvimento de um carro popular (Ford) movido à energia solar, óbvio não está disponível no Brasil. Leia aqui.

Certamente que para a comercialização em massa de carros elétricos ainda é necessário muito investimentos e pesquisa, principalmente para diminuir os custos de produção e do preço de venda para o consumidor final. 

Outro detalhe é a falta, ou até melhor a inexistência, de estações de reabastecimento, motivo este que torna inviável o interesse do consumidor brasileiro em adquirir carros elétricos. 

Mas por que o setor privado não tem interesse em investir em uma tecnologia tão inovadora e vantajosa? Mistério?

Não, não há nada de mistério nisso. 

Explico.

POR QUE SOMOS DEPENDENTES DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS?


Na verdade, há um interesse de uma parcela pequena da população, da elite dominante, para que a população mundial fique dependente da utilização de combustíveis fósseis.

Não somente no Brasil a atuação do Estado tem como objetivo garantir esse interesse obscuro, mas especificamente em nosso país, o Estado dificulta que entidades privadas desenvolvam tecnologias alternativas por meio de burocracia e de muito impostos.

Fora que o governo concede vantagens às petrolíferas, através de um monopólio que faz que a concorrência seja inexistente.

É certo que a tecnologia limpa ainda precisa de avanços para ficar disponível ao mercado, mas caso uma empresa queira disponibilizar este serviço enfrenta diversas barreiras, impostas de forma proposital. 

Pelo mesmo motivo não existe um investimento sério em uma malha ferroviária eficiente, que com a energia elétrica ou solar poderia ser praticamente não poluente.

Mas se o transporte por meio de trens, ou até por via fluvial, fosse uma realidade isto representaria uma grande perda financeira para a elite petrolífera e por consequência para todo sistema de corrupção que está por trás. 

Um sistema de transporte que se resume a rodovias, portanto, beneficia muitos interessados no fracasso nacional, como corruptos, milionários, produtores automobilísticos e claro, petrolíferas.
A comunidade internacional deve olhar para o futuro, a utilização de petróleo deve ser vista como ultrapassada, assim, todos os setores da sociedade internacional precisam fazer esforços para fazer uma revolução na área de transportes/logísticas.
Até mesmo esta elite dominante, pois afinal, o petróleo um dia terá seu fim, além de que são terráqueos como todos, sofrerão os efeitos econômicos e os danos no meio ambiente. 
 
Para concluir, a única esperança de vermos no Brasil carros/trens/caminhões elétricos, ou até mesmo movidos à energia solar, está na mãos de investidores privados, principalmente internacionais, mas para que nosso país atraia investidores é necessária uma economia saudável, estável, e principalmente segurança política/jurídica. 

Portanto, sim é importante protestar contra as arbitrariedades praticadas pelo governo, mas mais importante ainda é saber reivindicar mudanças reais e com efeitos de longo prazo. 
 

Realmente esta realidade está longe de acontecer, mas continuamos com o sonho de um Brasil modernizado. 

Mas e você o que acha deste tema? Quais são as soluções para resolver o problema de logística brasileiro?

Até a próxima.

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