Muitos artigos nas mais diversas áreas foram escritos sobre esta crise do Coronavírus que enfrentamos, de modo que a princípio não iria me manifestar sobre o assunto, no entanto, alguns fatores me motivaram a contribuir, no entanto, este artigo não possuí a pretensão de ser uma crítica, mas sim, meramente uma observação.
Estamos em quarentena, aqueles que não ocupam funções essenciais devem ficar em casa por determinações governamentais, o que é louvável no sentido de combater a pandemia, no entanto, o remédio para a doença causa pânico.
O pânico por sua vez é essencialmente natural, a modernidade de certa forma nunca presenciou um mal deste tipo, é certo que inúmeras doenças mataram mais do que esta, acontece que o que assusta é justamente a rapidez em que o corona apareceu, vitimando muitas pessoas e um curto espaço de tempo, assim é natural a especulação apocalíptica.
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E neste momento, reflito se Aristóteles e seus companheiros filósofos estavam certos ao afirmar que o homem é um ser racional e o que nos diferencia dos animais é o controle sobre a própria vontade além do instinto.
Pois, o que mais se vê por aí são atitudes irracionais, apesar de diariamente a mídia noticiar mortes e mais infectados algumas pessoas insistem em tratar o caso como uma simples gripe, uma marolinha. Algumas vão à praia, outros fazem churrasco, e nas principalmente nas redes sociais criam teorias conspiratórias sem pé nem cabeça.
Ahhh as teorias conspiratórias sempre surgem nestes momentos críticos, olha... opiniões são sempre válidas, todos devem contribuir para o conhecimento coletivo, o que não pode é ajudar a fortalecer teorias sem checar fontes, sem ler maiores informações, sem ter respaldo. Ora, uma simples consulta ao google derruba a grande maioria das teorias presentes na internet.
Não que Aristóteles esteja errado, isto foi ousadia do editor, de fato o elemento razão nos diferencia do resto do reino animal, no entanto, é uma meia verdade, nos humanos somos feitos de "dois lados": racional e emocional.
Alguns de nossos atos são mais influenciados pelo emocional, Freud já diria, do que o racional, como por exemplo no romance e nas brigas. E poeticamente é como se dois lobos lutassem pelo controle da mente humana, e nestas crises, na medida que o pânico se espalha, parece que o lobo emocional vem ganhando mais e mais força.
O fato é que o homem é senhor viajando em uma carruagem guiada por um cocheiro e movida por dois cavalos. Nosso corpo é a própria carruagem, o cocheiro é o discernimento, as rédeas são a mente, e os cavalos são os sentidos. Esta é uma parábola sábia do Tantra.
Portanto, ao enfrentar esta crise, ou qualquer outra, pense que você está no controle dos seus lobos, ou cavalos, você tem uma escolha, pode escolher tanto o bem como o mal, o certo como o errado.
Até a próxima, se gostou compartilhe!
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