terça-feira, 28 de maio de 2019

O Futuro da Religião: O Homem e a Modernidade


Veja bem este artigo não tem a pretensão de adivinhar os rumos da religião nem afirmar que uma ou outra religião irá ser extinta nas próximas décadas, mas sim, fazer uma análise crítica dos tempos modernos, do homem e como este interage com a religião.

Portanto, este artigo tentará abordar as complicações que as religiões tradicionais sofrem na modernidade e como é o interesse do homem com a religião nestes tempos.  

Os críticos ateístas que me perdoem, mas é verdade que a religião sempre teve importância para o homem e para a sociedade. Tanto ciência como religião tiveram origem semelhante, a natureza curiosa do homem, este sempre procurou responder os fenômenos naturais ao seu redor, tais como trovões, chuvas, secas etc..

Em seus primórdios o que não era possível, até então, ser respondido de forma raciona encontrava resposta no sobrenatural, e assim nasce a relação do homem com o divino. Portanto, desde sempre a religião vem auxiliando o homem na busca por resposta, bem como para suportar a dor de se viver. 

O x da questão desse artigo é justamente definir que o cenário onde a religião era necessária não mais existe, o homem agora responde suas dúvidas de outra forma, usando do método científico, mas isto não significa que a religião não tem mais espaço na vida moderna, pelo contrário. 

Para que a religião continue a existir e encontrar adeptos ela deve se atualizar ao atual contexto, e em especial adaptar-se as alterações que o homem sofreu, é verdade que o homem não é mais o mesmo do que o de uma década atrás, então imagine as mudança para com o homem de séculos atrás. 

Precisa-se de destacar a relevância de uma crença organizada, isto é com regras, pecados e punições bem definidos em tempos bíblicos, pois nestes ao contrário de nossa era a antiguidade carecia de informações de modo que era necessário para o bem estar da coletividade a definição mínima de regras. 



A restrição do judaísmo a alguns tipos de carnes possuem, além do lado religioso, caráter sanitário, é do conhecimento da medicina moderna a presença de alguns vermes nocivos à saúde na carne de porco, por exemplo, assim na ausência de informação era útil que fosse proibida. 

No entanto, nos dias atuais vivemos no paradigma oposto, no boom da informação, diante da facilidade de informação uma religião monopolizadora de conhecimento não faz mais tão sentido, principalmente entre jovens. 

E é esta talvez a razão do afastamento de jovens de igrejas, o jovem do mundo moderno não aceita ser guiado, não aceita ordenamentos nem ensinamentos que não sejam primeiramente experimentados, a vivência possuí uma acentuação muito maior do que a transmissão de conhecimento. 
"Hoje, tudo depende da experimentação"

O homem moderno possuí uma forte vontade de ser "dono de si mesmo", preza-se muito pela liberdade como nunca antes, de modo que a religião desloca-se da coletividade, isto é de ser um ato público feito em comunidade, para a individualidade, sendo um processo de auto-descoberta. 

Assim, religiões que enaltecem a busca pelo conhecimento e experiência individual, a exploração do eu interno ganham força na modernidade, sejam religiões antigas ou novas. 

De modo que espaços físicos, rituais e tradições para o homem moderno perdem parte do seu sentido quando o que importa é a busca pelo auto-aprendizado. 

Não se pode concluir que as religiões irão se extinguir, mas é verdade que o homem tornou-se muito mais complexo que outrora, talvez, religiões nos moldes tradicionais não sejam mais suficientes para os mais exigentes, e talvez, seja o momento de líderes religiões pensarem suas ações tendo como relevante o atual contexto. 


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