segunda-feira, 2 de abril de 2018

Nós Precisamos Conversar sobre o Meio Ambiente

Sim, nós realmente precisamos ter uma conversa séria sobre o meio ambiente, já foi publicado aqui sobre o denominado por mim PARADOXO DA SUSTENTABILIDADE, leia mais aqui.

Mas vou explicar sobre o que se trata, não se preocupe.

De forma bem resumida mesmo, existe uma certa contradição no que se fala em relação à sustentabilidade e o que de fato é aplicado no cotidiano. 

Salvo raras exceções, todos sabem que devemos cuidar da natureza porque a Terra é nossa única casa, além, quem poluí, seja de forma micro ou macro, está prejudicando a si mesmo.

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Desagradar a mãe natureza significa mesmo que simbolicamente colocar em risco a saúde do homem e o futuro da humanidade. 



A Terra como planeta é efêmera, sofre constantes mudanças, e é insensível a vidas que perecem em seu leito, já viu trilhões de espécies serem extintas, verá outra mais, mas como ente planetária continuará lá até literalmente ser engolido pelo sol, quando este estiver perto do fim de sua existência como estrela. 

Cada vez existem mais evidências e comprovações científicas do aquecimento global, tragédias "naturais" são cada vez mais constantes e comum, porém, nenhuma medida definitiva é tomada para mudar o rumo do planeta.

Convenções internacionais pró-clima vem e vão, promessas governamentais são feitas mas o diagnóstico é sempre o mesmo: o paciente não sai da cama sem previsão de alta. 

Portanto, este artigo pretende provocar um levante, uma reação para mudar a situação rimou, estou cansado e cada vez mais consciente que não adianta esperar a iniciativa por parte do ESTADO. O primeiro passo sempre dependerá de nós, o POVO. 

E não me refiro simplesmente para que você provoque seu vereador ou deputado favorito e demande pautas sustentáveis, no no no, nada desta porquice representativa, o brasileiro é digno de um sistema político melhor, mais maduro e saudável, onde o indivíduo tenha a liberdade intelectual de lutar pela concretização de seus ideias e projetos. 

Busque você mesmo, e eu me incluo nisto, por práticas sustentáveis, use a criatividade brasileira para criar projetos inovadores, o tio google está aí para isso, use o com sabedoria.

Sim, isto é possível, e como prova disto eu vos apresento: Clair Patterson


























Este senhor simpático é o geoquímico responsável por um dos maiores feitos da humanidade, além de, em 1956, ter datado corretamente a idade da Terra analisando amostras de urânio e chumbo contidos em rochas terrestres, fósseis e meteoritos. 

Mas como se tamanha façanha não fosse suficiente, Patterson enxergou um mau onde a grande maioria via grandes vantagens, e fez disto uma luta pessoal não importando-se com as consequências. 

Em plena revolução industrial, desde de 1920, o chumbo tretaetila era adicionado como aditivo na gasolina. 

Apesar de já naquela época os perigos deste elemento já serem conhecidos, por causar câncer, danos cerebrais e ao sistema nervoso como um todo, paralisações, alucinações, convulsões, e inclusive morte, o uso do aditivo era amplamente defendido pelas corporações petrolíferas porque este potencializava o lucro sobre o petróleo.

Mesmo assim o chumbo era usado por ser mais fácil de produzir e extrair, concedendo um lucro extraordinário para as produtoras de gasolina. No entanto, logo os operários começaram a apresentar efeitos colaterais do manuseio de chumbo, entre eles: andar cambaleante, esquizofrenia e delírios.

Mas isto tudo não bastou para por fim à adição de chumbo, veja esta propaganda da época. 

Lead: Couro em inglês
 
Assim, Patterson travou uma verdadeira batalha, que durou anos, contra a indústria petroleira para que o chumbo fosse abolido não somente da gasolina mas de todo produtos comercializados popularmente.

Sim, porque as empresas petrolíferas patrocinavam sua linha de pesquisa anterior, o geoquímico apresentou os efeitos nocivos do chumbo a seus patrocinadores, obviamente por causa disto as petrolíferas retiraram o patrocínio da pesquisa.

Entretanto, movido por um propósito maior, Patterson não deixou-se abalar diante deste revés, apoiado por outras organizações continuou sua pesquisa, e o que descobriu teve repercussão global.

Através da análise de gelo glacial, descobriu que a partir da adição de chumbo à gasolina, em 1923, a concentração de chumbo na atmosfera aumentou significativamente, sendo que anteriormente a esta data existia pouquíssima quantidade deste elemento. 

O esforço deste homem incrível trouxe importantes resultados, sua luta fez surgir a lei Clean Air Act, lei antipoluição atmosférica de 1970, a venda de gasolina com chumbo foi proibida em 1986, e logo verificou-se diminuição dos níveis de chumbo, tanto na atmosfera como no sangue.

Leia mais sobre Clair Patterson

Qual é a reflexão disto tudo?


Patterson era um homem comum, verdade que era um cientista, porém, passava longe de ser alguém poderoso, um líder político influente ou algo do tipo.

Mas era uma pessoa com conhecimento e força de vontade, que não mediu esforços para alcançar seus objetivos. 

Sim, todos nós queremos um meio ambiente sustentável e conciliar isto a uma linha de produção capitalista que agrida o mínimo possível o planeta, nossa casa.

Patterson mostrou que não devemos esperar nem depender do Estado e líderes políticos, o cuidado do planeta é dever de cada indivíduo.

E isto vai além da mera cobrança para que o Estado faça alguma coisa, nós, como cidadãos, devemos fazer nossa parte.

Clair Patterson fez, e olha que ele sequer tinha uma ferramenta poderosíssima que você, todos nós, possuímos, o tio google. 

Vá! Pesquise! Desenvolva tecnologias! Procrie boas práticas! Apresente a sua comunidade e ao seu vereador favorito! Procure um trabalho voluntário!


Você consegue! Todos podemos! Todos devemos!
Aceita o convite? Espalhe esta mensagem, vamos juntos mudar o mundo!!
Se gostou do texto lhe peço para compartilhar nas redes sociais!

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Um comentário:

  1. fantastico parabens

    vi um texto seu em um site pensando bem

    seu site e muito bom

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