Uma das razões da existência de um grande abismo entre classes econômicas é a crise do sistema educacional brasileiro, seja por falta de investimento por parte do Estado ou pela absoluta ineficácia da técnica utilizada, a conclusão é sempre a mesma, a educação pública, em todos os níveis, não está dando certo.
Este texto, portanto, pretende abordar a origem da crise educacional, fazendo comparações com outros países e fazendo sugestões. É certo que o modelo educacional escolhido por um governo define o futuro de seu povo, é quase óbvio que uma escola que não sofre mudanças estruturais sérias à décadas não irá atingir seu objetivo.
O gráfico a seguir demonstra que o problema, apesar de contraditório, não é a falta de investimento, perceba como o Brasil gasta mais porcentagem do PIB com educação do que a Coreia do Sul.
E na tabela abaixo, veja um comparativo do valor do PIB de cada país.
Chega-se a conclusão de que o dinheiro público na educação, como em todos os setores, deve ser aplicado de forma eficiente, além é necessário entender que o perfil do aluno mudou, logo, o perfil educacional deve ser atualizado de acordo.
Passa-se agora a fazer uma breve análise comparativa do nosso sistema educacional para de outros países.
Você sabia que o Brasil apresenta um dos períodos menores de duração do ensino compulsório gratuito? Na Alemanha é 12 anos (13 se o aluno pretender cursar universidade); Japão é de 9 anos (sendo que após o período compulsório uma faixa de 90% dos alunos continuam a cursar algum tipo de colegial e 29% entram para a universidade).
Uma curiosidade é que no Japão vigora um sistema de rotatividade dos professores pelas escolas da região, o que dificulta a criação de centros de excelência e o surgimento de escolas precárias.
A Coreia do Sul e o Japão, por exemplo, apesar de seu alunato apresentar um bom desempenho em testes objetivos internacionais, tendem a apresentarem baixos resultados em pensamentos flexíveis e criativos.
Estes dados foram retirados do artigo científico Sistemas Educacionais Comparados, publicado na Scielo por Maria Tereza Leme Fleury e Maria Isabel Leme de Mattos, disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141991000200006.
Um país de destaque quando se fala de educação é a Finlândia, ocupando o topo do ranking de educação, enquanto o Brasil ocupa uma péssima posição, possuí um sistema educacional inteiramente público, e suas crianças não passam por nenhum tipo de teste nos primeiros anos e são instigadas a falar mais do que os professores, veja mais detalhes nesta matéria do Diário do Centro do Mundo: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-finlandia-esta-fascinando-o-mundo-com-seu-sistema-de-educacao/.
Já a criança que fala muito pelas escolas deste Brasil é castigada, intitulada hiperativa e literalmente tratada com a régua e cheirando parede, talvez esta energia guardada seria melhor investida de outras formas.
Talvez você goste deste outro texto:
Somos Todos corruptos?
Talvez você goste deste outro texto:
Somos Todos corruptos?
Então, o que poderia ser feito para melhorar a educação no Brasil?
- Comunidade de Aprendizagem e Interdisciplinaridade
O sistema escolar brasileiro atual se baseia em transmissão unilateral de conhecimento, com estrutura arcaica e meramente teórica, e muitas vezes a tecnologia está totalmente ausente, que não representa mais a melhor forma de educar alguém, a nível básico, fundamental ou superior.
O modelo tradicional disciplinar, que tem como base o individualismo, focado no professor sendo o aluno um mero ouvinte, deve ser substituído por uma comunidade de aprendizagem, focado mais na experiência do aluno e que possuí mais interdisciplinaridade, a comunidade de aprendizagem incentiva o trabalho em equipe, a busca pela solução de problemas, em resumo, é um sistema mais prático voltado para a criação de respostas.
Este é um modelo que pode ser visto em fóruns, seminários, e EAD´s, mas que pode ser muito bem ampliado para a rede de educação básica, principalmente se aliada com a internet, que é uma ferramenta de dois gumes, apesar de ter um lado negro e ruim, se bem usada por ser utilizada para incentivar a criatividade das crianças, ainda mais estas da nova geração, que praticamente nascerão com tecnologia nas mãos.
O modelo tradicional, portanto, poderia ser substituído por um modelo que integre a teoria com a prática, fazendo que o alunato desenvolva não apenas conhecimento em matérias tradicionais, como matemática e português, mas que tenha uma formação escolar vasta e flexível, sendo o currículo escolar adaptado conforme as características, qualidades e defeitos de cada indivíduo.
Ou ainda uma ideia mais ousada, substituir a exclusividade do Estado sobre a educação pública, por meio de concessões públicas, explico, ao invés do ente público construir, manter escolas e universidades, talvez, seria mais eficaz se o Estado financiasse a educação em estabelecimentos privados.
Aqui não se trata tão somente de sugerir que o governo deva pagar "bolsas" para alunos necessitados, mas sim, propor uma parceria público privada para que o Estado entre com o investimento, ou parcela dele, e o particular entre com a técnica e trabalho, claro que o ente público poderia regulamentar, normatizar e fiscalizar normalmente como toda parceria de particular com o Estado.
O modelo tradicional, portanto, poderia ser substituído por um modelo que integre a teoria com a prática, fazendo que o alunato desenvolva não apenas conhecimento em matérias tradicionais, como matemática e português, mas que tenha uma formação escolar vasta e flexível, sendo o currículo escolar adaptado conforme as características, qualidades e defeitos de cada indivíduo.
- Iniciativa Privada
Ou ainda uma ideia mais ousada, substituir a exclusividade do Estado sobre a educação pública, por meio de concessões públicas, explico, ao invés do ente público construir, manter escolas e universidades, talvez, seria mais eficaz se o Estado financiasse a educação em estabelecimentos privados.
Aqui não se trata tão somente de sugerir que o governo deva pagar "bolsas" para alunos necessitados, mas sim, propor uma parceria público privada para que o Estado entre com o investimento, ou parcela dele, e o particular entre com a técnica e trabalho, claro que o ente público poderia regulamentar, normatizar e fiscalizar normalmente como toda parceria de particular com o Estado.
Não existe medidas mágicas capazes de transformar o país da noite para o dia, dessa forma, deve exigir-se dos governantes não apenas projetos de curto prazo, mas um plano de longo prazo, envolto de técnica, estudo e tecnologia.
E mais, é necessário não esperar pela ação estatal, cada cidadão deve fazer a sua parte em seu dever cívico, além de cobrar dos políticos, todos devem atuar ativamente na comunidades locais e de forma geral, participando das rotina escolares e educacionais.
Estas foram algumas breves propostas, claro que caberiam muitas outras, mas isto alongaria de forma tediosa o texto, queremos saber sua opinião! O que você acha que faz a educação no Brasil ser de baixa qualidade? Participe nos comentários!
Compartilhe e curta nas redes sociais!
Curta no Facebook: ÁGORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário