A quem pertence o povo?

  
 O Brasil, apesar de algum tempo ter declarado independência, sofre de um colonialismo crônico. Apesar da Carta Magna prever que o poder pertence ao povo, na realidade este encontra-se usurpado por uma classe minoritária, que se formou desde a descoberta em 1500. Tal cenário só cresce, as formas de exploração são constantemente aprimoradas. 

  Percebe-se que quanto mais poder e dinheiro, que de certa forma seis são e meia duzia, menos se paga tributos. O que contraria o princípio da progressividade tributária, este que aplica tributos conforme a capacidade tributária o que contribui para com uma distribuição de renda igualitária. Mas o próprio constituinte, com intenções nocivas à democracia, submeteu tal instituto como uma opção, conforme o art. 145, § 1° utiliza-se o termo "sempre que possível", não sendo sua aplicação uma regra. 

  Nota-se que à alta carga tributária não é resultado de legisladores ineficientes e despreparados, mas ao contrário. Os representantes do povo agem de forma astuciosa e eficaz, porém não para tutelar os interesses de todos, mas sim, os próprios. Inúmeras são as estratégias para manutenção do poder, utilizadas não somente neste país mas como em qualquer outro, algumas são inclusive inspiradas na guerra fria. 

  Nesse pequeno testículo cita-se: 

1. Dividir para Conquistar

 Basicamente consististe em forçar e explorar uma bipolaridade política, faz-se que o povo concentre-se em discussões alheias e não foque em recuperar o poder perdido, classifica-se pessoas entre comunistas e capitalistas, esquerda e direita, liberal e conservador, ateu e religioso e assim por diante. 

 De fato, os partidos políticos não são politicamente de esquerda ou de direita, visto que, muitas vezes os representantes, em suas atividades políticas, não são fiéis à ideologia partidária. O que interessa de fato é a manutenção do poder. 

2. Pouco Investimento na Educação

Os baixos resultados em investimentos na educação são feitos também propositalmente, um povo mal instruído é um povo com pouca atividade política.

3. Pão e Circo

Estrategia usada desde da Idade Média, consiste em conceder alimentação e entretimento para que o povo esqueça os problemas de governo. No Brasil, pode ser percebidos na assistência social, programas como Bolsa Família. É o famoso rouba mas faz. 

4. Apelação aos Instintos Animais

Incentiva-se que o povo de valor exacerbado ao sexo, ao dinheiro e costumes que valorizem a beleza corporal em detrimento ao intelecto. Influencia-se que obras cênicas, como novelas e filmes, inconscientemente forcem modelos de agir anti-éticos passando estes à população como uma forma de satisfazer desejos carnais e gananciosos.

5. Apoderação da verdade

Aliado à baixa educação, visto no livro 1984, quem detêm o poder é proprietário da verdade, faz que o povo fique na escuridão e ignorância, torna-se mais fácil governar e usurpar o poder. Recentemente isto pode ser visto na Reforma previdenciária, onde o governo tentar impor uma informação que a Previdência está falida, o que não é verdade, muitos especialistas afirmam que a reforma não é necessária, que traz mais prejuízos que benefícios. 

Não terminam aqui as táticas de controle popular, sendo esse texto um mero esboço, mas objetivou-se demonstrar que o quanto o poder do povo é usurpado. Resta discutir quem de fato está por trás da usurpação do poder. Estou livre para a discussão, caso tenha algo a acrescentar responda. E ai? concorda que há pessoas que controlam toda a população? Se sim, que tipo de pessoa seriam estas? Ou não, talvez ache que isso tudo não faça o menor sentido. Fique a vontade para participar!

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