É perceptível
que após o fim da Idade Média, a Igreja Católica perdia seu poder
de dominação aos poucos, como causa as disseminações das ideias
de Lutero e Calvino sobre a fé, os comerciantes em ascensão
formando um grupo chamado de burguesia, a mudança na arte através
do enaltecimento da cultura Greco-Romana, os avanços nos campos
científicos e tecnológicos e toda a filosofia racionalista se
sobrepondo a fé. Como consequência desses e outros fatos, surgiu
mais tarde, as revoluções industriais e a Revolução Francesa,
esse último em destaque já que o clero perdeu de vez seu controle
direto sobre a civilização ocidental.
Em análise, na
nossa sociedade, percebemos que nós mudamos bastante a forma de
pensar, não somos mais ignorantes como as pessoas eram na Era
Medieval, devido a facilidade de encontro as informações e fontes
de conhecimento. Então Deus morreu, pelo simples motivo da nossa
mudança de concepção da realidade, não precisamos mais de Deus,
ele não possui mais nenhuma utilidade, o homem como medida de todas
as coisas com sua racionalidade e a ciência, ele pode montar e
desmontar qualquer coisa, entre elas: Deus.
"Deus morreu! Agora é a vez do homem, ou melhor, do Super-Homem!" -Nietzsche.
Durante a Idade
Média, o homem que renunciasse a Deus, estaria cometendo um erro
fatal, já que isso poderia leva-lo a um lugar infernal, de chamas
eternas, logo todos temiam ao poder de Deus. Porém com as
contestações de Lutero sobre esse Deus tão mal, começaram a
partir daí, a mudança na visão do povo sobre Deus, tornando um ser
mais amoroso e misericordioso. Logo com o passar dos séculos a
ciência, o antropocentrismo, e a valorização da razão tomava
frente e Deus perdia seu lugar aos poucos.
Devido ao sua repercussão pode se dizer que a II Revolução Industrial foi o grande marco para a chegada dos "4 cavaleiros do Apocalipse" sendo eles: Darwin, Marx, Freud e Nietzsche.
Dessa maneira, na
Bíblia, no livro das Revelações(Apocalipse) cita que existem sete
selos que manifestam acontecimentos do fim dos tempos, sendo que os
primeiros quatro trazem os cavaleiros. Assim cada um deles teve sua
importância para a queda de Deus, no entanto vou focar naquele que
anunciou a queda da moral cristã e a proposta de renovação
individual, através do Super-Homem.
"Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: "Venha! Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer." – Apocalipse 6:1-2
Aquele filme,
fraquíssimo, Deus não está morto, pouco tem haver com o que
Nietzsche diz sobre a morte de Deus, mas o que ele quer dizer não é
uma questão de ateísmo, já que não nega sua existência,
Nietzsche fala que como causa da mudança de pensamento e a relação
do homem com a vida em si, o capitalismo, a supervalorização do eu,
a independência proporcionada pela ciência e razão fortaleceu o
homem e Deus se enfraqueceu.
Por exemplo: ninguém fica só rezando
quando está doente, a pessoa pelo menos toma um remédio, porque ela
acredita que se ficar só de oração pode morrer. Outro exemplo, a
Teologia da Libertação que busca explicar os fatos religiosos como
os milagres divinos através da ciência - Olha outro cavaleiro ai
(Marx) - Ora se a ciência consegue dizer como multiplicar os pães
naquele período, hoje então é uma questão de tempo pra que algum
(gênio) invente um multiplicador de pães e esteja passando na TV
pra você comprar e usar em casa.
Contudo se Deus
morreu, Nietzsche propõe uma nova forma de ver de o mundo sem ele, a
criação de uma nova moral, um homem e mulher fortes para resolver
suas próprias questões e problemas. Um ser que consiga lidar e
enfrenta o enorme vazio do universo, a indiferença do universo se
reduz ao poder do Super-homem. Eis o fim da moral do fracos, aqueles
que não conseguem lidar com a existência sozinhos, que necessitam
criar um Deus pra protege-los pra justificar esse niilismo que
existe, fugir da realidade e esperar uma salvação é um erro ou
senão o erro da vida. Se existir pecado, esse pecado é o apego, se
existir liberdade e respostas ela é o super-homem.
Deus nada mais é
do que uma tentativa de explicar, dar sentido a indiferença do
universo.
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