quarta-feira, 3 de junho de 2015

Filosofia da Felicidade: O que é felicidade?




  Hoje trago uma pergunta muito simples com uma resposta não tão simples, se trata  da felicidade, o que o homem precisa fazer para ser feliz.

Conceituar o que é felicidade é uma missão muito complexa, diversos filósofos de diversas épocas refletiram sobre o assunto sem chegar à um consenso e muito menos à uma conclusão definitiva.

  Esta dificuldade ocorre, principalmente, pelo pessoalidade e individualidade da questão, afinal o que traz felicidade à um não necessariamente se aplica a outro.

  Há o senso comum de felicidade que guia diversas pessoas: ter saúde, dinheiro, amor, etc. Mas creio que essa resposta não é suficiente para saciar a questão.


  Outra problemática que ocorre é que por muitas vezes o homem  mesmo cumprindo suas próprias metas de felicidade não se torna necessariamente feliz por isso. Isto ocorre pelo espírito consumista, principalmente nos dias atuais, que faz com que o homem não se contente com o que possui, sempre traçando outros objetivos.

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   Porém, foi possível estipular algumas regras gerais e premissas, segue agora alguns exemplos da corrente da Filosofia da Felicidade:

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 Para Tales de Mileto é feliz "quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada". 


Em outras palavras ausência de doenças e um físico saudável acompanhado de um intelectual e espiritual equilibrado. 

 A expressão "boa sorte" significa literalmente a sorte de ter acontecimentos favoráveis na vida.  Em grego felicidade significa "eudaimonia", composta do prefixo "eu", que significa "bom", e de "daimon", "demônio". Ou seja, ter boa sorte significava, para os gregos, o impacto de ter um bom demônio ao invés de um mal.



 Sócrates, que possui uma visão dualista do homem, enfatiza a necessidade de satisfazer igualmente os desejos e necessidades do corpo e da alma, havendo um equilíbrio entre estes. Antístenes completa este raciocínio com o pensamento que homem feliz é aquele que é autossuficiente.

  •     Ética 
 Para Aristóteles o que traz a felicidade é o exercício do pensamento, devendo assim todos os homens serem filósofos para se aproximarem da divindade. Pode-se afirmar que para este pensador ser feliz é saber viver.

 Sob a lógica deste raciocino surge a Ética (em grego aquilo que pertence ao caráter), estudo dos assuntos morais que diferencia a diferença o bem do mal. A ética estuda a forma de conviver em harmonia de modo que cada individuo busque seus interesses sem impactar o objetivo do conjunto.

 Assim para ser feliz o homem deve ser ético, ou seja, cumprir seus objetivos sem prejudicar os demais. Por exemplo, o sujeito que conquista um patrimônio material considerável, apesar de estar em harmonia consigo mesmo, se tiver prejudicado outros para enriquecer não irá atingir a verdadeira felicidade.  

  • Epicurismo
 Para Epicuro a filosofia serve para cuidar da saúde da alma, em analogia à medicina. Para os epicuristas o homem deve evitar as dores e preocupação para ter prazer e ser feliz, levando uma vida sem excessos em harmonia com a natureza. Epicuro ainda condenava a mudança e renovação, pregando que estes formavam um empecilho para alcançar a felicidade.


 Uma rápida análise do ensinamento deste filósofo faz parecer que este estimula uma vida preguiçosa que evita toda a dificuldade que o cotidiano possa causar. Porém, esta análise é errônea, o que é realmente Epicuro ensinou foi é que devemos viver a vida de modo que as dores impactem o mínimo possível diminuindo assim o estresse e outras preocupações.

 Para mais informações sobre a opinião de Epicuro sobre a felicidade, leia sobre a corrente filosófica Hedonismo.

  • Conclusão: 

 Podendo ser extraído do texto, o homem feliz é aquele que possui um equilíbrio entre o corpo (aspecto material) e a alma (aspecto espiritual), ainda é necessário estar em harmonia com os demais evitando os aspectos negativos da vida.


 Quero deixar bem claro que o leitor é livre para complementar este texto, trazendo críticas, comentários e elogios.


  • Referências: 
http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/17/artigo133470-1.asp



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2 comentários:

  1. A vida transcorre em instantes, momentos, pensamentos e ações como tudo que existe no Universo que podem durar instantes ou uma eternidade. A Felicidade completa não existe e sim momentos de felicidade. A nossa intenção é justamente nos agarramos aos momentos felizes e tentar transformá-los em pelo menos horas ou dias. Talvez o que falta ao ser humano seja harmonia entre o corpo e o Espírito. Uma aceitação do que ele representa perante ele mesmo. Uma pergunta que não tem resposta. Porque alguns seres humanos que vivem abaixo da linha de pobreza consegue ser feliz e outros que a "vida" foi tão generosa em termos materiais e sociais não conseguem? É muito difícil.

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  2. Verdade, creio que a pessoa feliz é aquela que consegue harmonizar os momentos felizes com os tristes, em uma pessoa equilibrada os momentos tristes não produzem tanto impacto, principalmente porque sabe que é passageiro e que será seguido de um momento feliz. Agradeço a opinião, é muito bem vinda.

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