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" Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida "
- Raul Seixas
O texto hoje começa bem, com nada menos do que um texto de Raulzito, sempre com uma alta carga de poesia e subjetividade. Filosoficamente eu gosto muito da morte, ela é misteriosa e mística.
Qual é o sentida da vida? Essa é uma pergunta que persiste a não ser respondida e que fez surgir mais dúvidas que certezas.
Realmente é uma pergunta que acaba angustiando o ser, pois este sempre busca revelar um significado a sua existência, um objetivo na sua caminhada.
Outros já afirmam que não há sentido, que apenas se existe e ponto final. Longe de escolher um lado, mas me parece que um modo de vida no qual se preocupa mais em viver do que buscar o sentido da vida parecer, ao menos neste momento, menos angustiante.
Porém, é verdade que uma vida sem sentido pode ser igualmente dolorosa.
Inclusive já foi tema de diversos textos no blog:
Aqui - Chá com Filosofia # 6
e Aqui - Chá com Filosofia # 4
Qual é a relação da vida com a morte? Como diria Franz Kafka, em sua melancolia típica:
"O sentido da vida é que ela termina".
A morte é uma amostra da condição humana, a sua mortalidade, o homem é um ser que nasce, cresce, reproduz e morre, é uma certeza. É uma constante lembrança da insignificância do indivíduo, que é nada perante o cosmo e a natureza, que são eternos e efêmeros.
Muitos buscam o elixir da vida, porém sob o ponto filosófico isto é uma insensatez. Pode parecer contraditório, mas é a morte que dá sentido a vida.
Pois sim, se reunir em família e amigos o maior número possível pois sendo a morte uma surpresa nunca é possível saber que dia será o último. As pessoas vão a um show da atração que gostam pois não se sabe qual será a próxima oportunidade.
A morte nos lembra a todo momento que a vida deve ser vivida, e de preferência da melhor forma possível - os mortos sussurram: carpe diem - então, antes de morrer aproveite o há de bom na vida. E isso tem que se feito a todo momento, pois a morte não da aviso, seja o infarte galopante ou o ônibus que furou o sinal.
E de fato, a religião em certo ponto só existe pela razão do homem ser mortal, o medo da morte, e por consequência o receio do inferno faz as pessoas frequentarem igrejas e seguirem dogmas.
Consegue imaginar um mundo em que a ciência conseguiu eliminar a morte? Não acho isso possível, mas vamos filosofar sobre!
Claro que tal sociedade seria uma utopia como visto no livro Utopia de Thomas More ou Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley entre outros.
Certamente, uma sociedade no qual a morte seria uma coisa do passado, muita coisa mudaria. O primeiro grande impacto é que as pessoas não seriam tão religiosas, a bíblia e outros textos religiosos não teriam o mesmo uso e significado, pois não teriam que se preocupa com a vida pós-morte.
Um segundo impacto, talvez, seria que as pessoas seriam mais imprudentes, se divertiram mais com esportes radicais e coisas do gênero.
A morte também já foi tema de alguns textos confira:
Gostaria de saber sua opinião! Responda nos comentários estas perguntas:
Para você é possível encontrar sentido da vida na morte? O que aconteceria com a sociedade se não existisse morte?
Esse foi o texto de hoje. Caso tenha gostado compartilhe nas redes sociais!
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Até a próxima!
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